Clutch











Antes de mais nada, não teria outra forma de começar esse post sem antes agradecer aos membros do blog, especialmente o Carlos, mas sem esquecer dos outros, por mantê-lo tão vivo enquanto eu me descabelava, com os poucos fios que ainda me restam, nesse turbulento fim de semestre, mas para felicidade do povo e alegria geral da nação (ou não) eu estou de volta, e agora, parcialmente de férias vou me dedicar mais ao blog. Não poderia passar sem deixar de agradecer a galera que tem visitado o blog e fazendo a máquina funcionar também do outro lado, tem sido massa chegar em alguns rolês e ouvir que estamos fazendo um bom trabalho, é verdade que quase nunca falam bem dos meus posts especificamente, mas tudo bem, ainda amo vocês, um pouco menos, é verdade.

Clutch é mais uma daquelas bandas que eu conheci por acidente, nas andanças em busca de uma banda que fizesse Stoner Rock sem repetir a tão saturada forma que a maioria insiste em seguir deliberadamente. Encontrei-os internet afora, encarnando mecânicos em uma foto nesses sites gringos e a partir daí, a tal banda chamada 'embreagem' passou a chamar minha atenção (por favor, não achem que eu tenho tara por mecânicos, vocês entenderam). Seu som traz uma química interessante entre o Stoner Rock, Blues e uma pitada de Southern Rock, de modo que, com a evolução da banda ao longo do tempo, o Punk Rock e o Hardcore que marcaram seu início deram lugar a poderesosas cargas de groove e feeling maiores a cada álbum lançado, aproximando a sonoridade da banda ao Blues. Segundo alguns sites, inclusive a wikipedia (ainda que seja vergonhoso assumi-lá publicamente como uma referência), a banda nunca estourou realmente, apesar de ter assinado com a Columbia Records para lançar o grande Elephant Riders, em 1999, seu público continuou restrito a sua base de fãs, que se ampliou um pouco com o lançamento de Pure Rock Fury em 2001, mas nada como as grandes e nem sempre tão boas, bandas americanas de hoje em dia.

From Beale Street To Oblivion foi lançado em 2007 e me coloca num dilema entre elegê-lo como o melhor álbum deles ou cometer o crime de ter que dá-lo o segundo lugar frente ao não menos grandioso Robot Hive/Exodus de 2005. O álbum foi produzido por Joe Barresi (Kyuss, Tool) e é marcado pela total imersão da banda no Blues, segundo Fallon, "Não se trata de um revivalismo ou uma cena retro, trata-se sim de despir a música até aos seus elementos mais básicos, eliminando tudo o que esteja a mais". Sua primeira música de trabalho Electric Worry figura entre as melhores músicas que a banda fez, guiado por um riff que deixa as influências de blues mais claras do que nunca e acompanhado por uma gaita que traz pra si toda a atenção no ponto alto da música, é um bom resumo do que podemos encontrar de melhor neste CD. When Vegans Attack é a melhor representante do conteúdo humorístico e bizarro marcante nas letras da banda, um apontamento crítico do vocalista Neil Fallon acerca do fenômeno vegan-way-of-life que toma cada vez mais espaço na cena em geral. Enfim, o que temos aqui se trata de um grande disco de mais puro rock, calcado em clássicos como Deep Purple e ZZ Top mas sem soar como mais uma banda oportunista que apenas fica ruminando aquilo que já foi feito em outro momento da história da música. Altamente recomendado.


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[2007] From Beale Street To Oblivion

01 - You Can't Stop Progress
02 - Power Player
03 - The Devil & Me
04 - White's Ferry
05 - Child Of The City
06 - Electric Worry
07 - One Eye Dollar
08 - Rapture Of Riddley Walker
09 - When Vegans Attack
10 - Opossum Minister
11 - Black Umbrella
12 - Mr. Shiny Cadillackness

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